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Programa de Resistência às Drogas já atendeu mais de 270 mil estudantes em Rondônia
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Há 18 anos sendo desenvolvido pela Polícia Militar de Rondônia, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), já atendeu a 273.507 estudantes em todo o estado. Com prevenção às drogas em escolas municipais e estaduais, utilizando metodologia elaborada pelo centros de formação distribuídos no país, o programa foi criado nos Estados Unidos em 1983, com o mesmo objetivo pelo qual é trabalhado no Brasil.
Segundo o coordenador estadual do Proerd, tenente PM José Dias Neto, somente em 2018, 10 cidades receberam o programa, de um total de 32 municípios atendidos. Somente no último ano, aproximadamente 60 escolas foram contempladas com ações voltadas ao público infantil e, ainda, 98 escolas com alunos do 5º ano, e 13 instituições com estudantes do 7º ano.
Para este ano de 2019, o coordenador destaca a realização do 1º Encontro Pedagógico de Instrutores do Estado, que deve nivelar o conhecimento dos envolvidos. “Diariamente são inseridas novas drogas para o consumo e assim nós precisamos estar atualizados, além de elaborarmos projetos, novas mídias de divulgação, e tudo isso é previsto no encontro”, diz.
O tenente Dias revela ainda que foi apresentado ao Comando Geral o projeto de um novo curso para formação de novos 30 instrutores. A formação é para dois anos de atuação contínua no Proerd. “Temos 29 profissionais que atuaram no último semestre de 2018, mas eles vão graduando como sargento e assumindo responsabilidades maiores dentro da corporação, e como muitos deles passaram pelo curso de formação, a maioria não irá retornar, e essa é a nossa justificativa”.
Além da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), as atividades também são mantidas através de emendas parlamentares destinadas ao Proerd. Todas as ações são protocoladas via web para o estado de Santa Catarina, e tudo é enviado para o país americano onde nasceu o programa, e que credencia cada estado brasileiro participante a executar as ações. “Temos mentores que formam instrutores e se não for cumprida toda essa parte pedagógica, corremos o risco de ser descredenciados”.
A intenção das coordenações do programa é tornar Rondônia um centro de formação. “Não temos em nenhum estado do Norte um centro para formação de instrutores. E se conseguirmos trazer para o nosso estado, receberemos o pessoal de todos da região e fortalecer as ações da região”, conta o coordenador.
“Existe uma atividade chamada ‘Caixinha Proerd”, onde as crianças colocam bilhetinhos anônimos sobre suas vidas, e assim muitas vezes já pudemos identificar casos de violência e abusos no meio familiar”.
EXEMPLOS
Além de exigir a identificação dos policiais envolvidos com o trabalho junto às crianças e adolescentes, o Proerd promove mudança e influência positivas na vida dos alunos atendidos. “Um dos exemplos mais claros que temos é o de um instrutor, Silva Júnior, que foi aluno atendido pelo programa, entrou para a Polícia Militar e, hoje, aos 23 anos, trabalha no Proerd. Não temos notícia de aluno que passou pelo Proerd que esteja no sistema prisional”, considera o oficial.
“Não temos notícia de aluno que passou pelo Proerd que esteja no sistema prisional”.
Quanto ao alcance do programa junto às famílias, o coordenador acrescenta que existe o atendimento aos pais e a realização de palestras para a comunidade escolar. “Há crianças que tem problemas de ordem familiar ou psicológicas que acabam sendo ajudadas pelo programa. Existe uma atividade chamada ‘Caixinha Proerd”, onde as crianças colocam bilhetinhos anônimos sobre suas vidas, e assim muitas vezes já pudemos identificar casos de violência e abusos no meio familiar. Isso é comunicado à escola para que sejam tomadas as providências”, revela o tenente Dias.